quinta-feira, 20 de março de 2014

O Antigo Detestável

Ele vem quando o sono não
E perturba, e diz
"Já vi demais, sonhei demais"
Vidros se quebrem
A palavra se quebra
Grite, se ainda pode.
Mas não se vanglorie naquele que erra
Você errará, não importa.
E assim o faz, não importa.
Quem supera, tudo ama!
Quem ama...  Repensa...
O coração não é bem... Uma porta.
Não pense na beleza que envolve
Que envolve todas as suas acrobacias
A menos que queira...
Cuidado com a beleza que guia seus dedos
É verdade, ninguém negará a hipnose
Que causa o olhar
Aquele lá.
Mas se não são aqueles os olhos
Os olhos que você acordaria
E acordaria toda manhã pra ver
Fique mais atento.
Se não estiver... Pergunte-se
Se alguém estará por você.
O que parece proibido atrai, 
Como aconteceu.
E quantas vezes se perdeu?
Naquele segundo nome
No animal que você procura
E que uma noite chega.
Como a boca vermelha que marca
Vermelho do imaginário e provação
É o tempo que marca o traço
Que você resume à intenção.
A hora, 21h
A cabeça, desligada
E o que mais?
Vontades se vão com o que não é nada de mais.
Você comunica aqueles
Que o pensamento te ocupa?
Lá se vão... Escolhas, escolhas;
Você é no escuro ou no claro
Dos segundos que ninguém vê
Aquilo que chamam de "ser".
Fraciona, conta, adiciona.
Mas a vida não é feita só do que nos interessa.
E o que você tem feito?
Saiba que o mar engana aqueles
Que pensam conhecê-lo
Que pensam que se escondem
Que querem ver e não ouvem
Que querem apenas ver
Que sem motivos, cedem
E não protegem... Aquilo que têm.
Cuidado, pois a água vem.
E quem ama... Se vai.
Aí, quando você achar que calculou todos os passos
Que calculou até os prováveis passos,
Você saberá.
Mas se esquecerá... Logo mais.
Todos mentem, se for verdade.
E quem é que sabe?
E sobre a saudade
Que você carrega nas costas?
E da noite...
Que esteve ou estará ausente?
E porquê? Você consegue dizer?
Quando você esteve triste,
A quem chamou?
E quando não, a quem culpou?
Não pense que pode.
Quem de nada sabe,
Um dia samba, um dia descobre.
Não colecione o que não admite
Quando as sílabas tocarem sua consciência
Não colecione o início que você permite
Não colecione o choro
Pois a rua seguirá em frente
Não colecione fama
Achando que pode escolher atenção
Não colecione ninguém...
Faça você sua própria cabeça
E quem sabe chega pra você o perdão

Que você nem sabe que tem.

Um comentário:

  1. Uau. :O
    Que iiisso... turbilhão de emoções! Fiquei até confuso aqui com tantas interpretações! aiuhusxuhsa Profundo demais, Lucket :P

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