segunda-feira, 22 de julho de 2013

(In)Constante


E de repente você se atém àquilo
Aquele dubitável momento vazio
Que vai se retroalimentando
Na vontade de ser apenas um ser mundano

Você ouve aquela música certa...
E sente no peito de tanto que aperta
Parece um uivo distante
Que sufoca as veias em menos de um instante

Será até quando intocável...
O esforço louvável
A dedicação de quem diz amar
Em troca do que se esconde no ar

Tento controlar a respiração
A angústia que toca minha mão
Tento estar um pouco do que penso ser
E espero, nesse clico, renascer.

Sempre me pergunto sobre as dores
Sobre as lágrimas dos desamores
E um apego incerto, ainda me remete...
Aos... Meus... Dezessete.

Sempre falei das minhas intenções
Dos erros e das invenções
Não quero estar aqui
Mas de repente parece seguro apenas cair

Queria ser só eu
E de caprichos mais um dia amanheceu
À sua luz, ao campo, ao trânsito
Toda a inconstância do teu efeito

Me abrace, me ouça...
Desculpe minha cabeça confusa
Me deixe, me esqueça
Desculpe minha insistência.

É um rio que deságua em forças
Da ansiedade que marca suas costas
Nessa vida toda eu não sei...
Mas hoje, ainda assim, acreditei.